Segundo o jornal Folha de S.Paulo, três unidades orçamentárias ligadas às Forças Armadas tiveram o mesmo tratamento de ministérios considerados centrais pelo Palácio do Planalto, como Saúde e Educação e foram poupados do corte.
Ainda de acordo com a mídia, o Comando do Exército manteve o montante de R$ 10 milhões em emendas de comissão que tinha sido aprovado pelo Congresso, enquanto o Comando da Aeronáutica receberá R$ 7 milhões desse tipo de recurso — o corte na Aeronáutica foi mínimo, de apenas R$ 11 mil (0,2% da previsão inicial).
Mas foi a Marinha que teve o valor mais alto em emendas, com mais de R$ 122 milhões destinados à força — uma verba que foi protegida por Lula, ressalta o jornal.
Além dos militares, o petista poupou dos cortes pastas mais ligadas à sua gestão, como a das Mulheres e a do Meio Ambiente.
A relação entre Lula e os militares foi marcada por muita desconfiança e tensões, com auge nas invasões em Brasília em 8 de janeiro do ano passado. Contudo, ao longo do seu primeiro ano de mandato, gradualmente os dois lados foram baixando a guarda.
A manutenção dos valores das forças é mais um dos gestos do petista à caserna, entre os quais também estão uma série de compromissos militares em suas viagens.
Sobre os cortes em outros setores, a mídia aponta que o veto de Lula nas emendas parlamentares de 2024, anunciado na segunda-feira (22), é relevante porque pode desencadear uma crise com o Congresso.
Ministros e integrantes do Palácio do Planalto já acionaram líderes e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para tentar contornar a situação. Parlamentares já falam em derrubada do veto do petista.