O avião russo levaria os prisioneiros até a Ucrânia após um acordo firmado com Moscou. Porém, foi bombardeado com mísseis durante o trajeto. "Sem o apoio financeiro, material e político que o regime de Kiev recebe do exterior, tais atos terroristas não seriam realizados", acrescentou Zakharova.
A representante oficial também destacou que "ao cometer tais atrocidades, o regime de Kiev espera alimentar o interesse cada vez menor do público mundial pela crise ucraniana e incentivar seus patrocinadores não apenas a manter, mas também a aumentar o volume de assistência financeira e o fornecimento de armas".
Conforme Zakharova, as autoridades ucranianas tinham informações sobre o voo e sabiam do propósito humanitário. "Mas, mesmo assim, deram a ordem para eliminá-lo", assegurou, ao acrescentar a reação "cínica" do escritório do presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky. "Primeiro tentaram se alegrar e informar aos seus cidadãos sobre 'um trabalho bem-feito' e, depois, começaram a negar tudo e culpar a Rússia pelo ocorrido", destacou.
Pedido para que ataque não seja ignorado
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo pediu que os governos e as organizações internacionais não ignorem, mas "condenem esses cruéis ataques terroristas" planejados pela Ucrânia.
Zakharova acrescentou ainda que o aumento da ajuda militar à Ucrânia só vai prolongar a operação militar especial, que já dura quase dois anos. "O Ocidente continua a fornecer armas ao regime de Zelensky e se torna cúmplice de seus crimes monstruosos. Relatos da mídia francesa revelam a criação da chamada coalizão de artilharia para a Ucrânia, cujo objetivo é reforçar o apoio ao regime de Kiev a curto e longo prazo", lembrou.
Na noite de 16 de janeiro, as Forças Armadas da Rússia destruíram um quartel temporário na Carcóvia, onde havia mercenários, a maioria deles franceses. Pelo menos 60 combatentes morreram e mais de 20 foram hospitalizados após o ataque.
Nesse contexto, a autoridade russa destacou "as tentativas desajeitadas" das autoridades francesas de ocultar a informação sobre o incidente, assim como expôs as afirmações do presidente da França, Emmanuel Macron, de que a vitória da Rússia não pode ser permitida.