A reunião ocorreu no mês passado, mas foi relatada à Reuters por duas fontes ucranianas importantes com conhecimento do assunto apenas agora.
"O embaixador [Fan Xianrong] disse que tudo isso [a situação da lista negra] pode ter um impacto negativo nas nossas relações", disse uma das fontes, acrescentando que a China não estabeleceu quaisquer condições ou "quadros temporários" para a Ucrânia, mas simplesmente expressou a sua opinião sobre a lista.
Após a divulgação do relatório nesta quinta-feira (1º), mais tarde, Pequim emitiu uma nota oficial exigindo que a Ucrânia remova imediatamente mais de uma dúzia de empresas chinesas da lista dizendo que deseja que Kiev "elimine os impactos negativos".
"A China opõe-se firmemente à inclusão de empresas chinesas na lista relevante e exige que a Ucrânia corrija imediatamente os seus erros e elimine os impactos negativos", disse um porta-voz da chancelaria chinesa à mídia.
O governo ucraniano listou 48 empresas em todo o mundo, incluindo 14 da China, como "patrocinadoras internacionais da guerra", cujas atividades comerciais, segundo ela, auxiliam indiretamente ou contribuem para Rússia.
A listagem inclui importantes empresas como as gigantes chinesas de energia China National Petroleum Corporation (CNPC), China Petrochemical Corporation (Grupo Sinopec) e China National Offshore Oil Corporation (CNOOC).
Com 14, Pequim tem o maior número de empresas na lista negra, seguida pelos Estados Unidos, França e Alemanha, que têm oito, quatro e quatro, respectivamente.
A China informou na terça-feira (31) que o vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Sun Weidong, se reuniu com o embaixador da Ucrânia em Pequim e trocou opiniões sobre questões de interesse comum, e que Sun disse que os países deveriam respeitar e tratar uns aos outros com sinceridade.
A mídia ressalta que, embora Pequim seja amplamente vista como aliada de Moscou, a Ucrânia tem tido cuidado para não irritar a segunda maior economia do mundo e apelou repetidamente para a China se juntar aos esforços diplomáticos de Kiev pela paz.