O túnel será o primeiro imerso da América Latina, com 860 metros entre as margens. Ele ficará sob o canal entre os dois municípios, a uma profundidade de 21 metros.
O empreendimento, segundo informações da Agência Brasil, está entre as obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e será resultado de uma parceria público-privada (PPP), com R$ 5,8 bilhões em investimentos.
Lula destacou, durante a solenidade, a importância da parceria para concretizar a obra. "Esse túnel é necessário e fica muito caro, seja para o Governo Federal, seja para São Paulo, construir sozinho".
Em nota, a Presidência da República informou que o túnel beneficiará mais de 5 milhões de pessoas, os 1,6 milhão de habitantes da Baixada Santista e os mais de 4 milhões de turistas que anualmente visitam o Guarujá e o Litoral Norte paulista. Todos os dias 80 mil pessoas cruzam o canal.
Atualmente, a espera nas filas para cruzar o canal pode se alongar por horas, e com o túnel as travessias vão demorar menos de dois minutos. A obra também vai proporcionar mais segurança às embarcações que escalam o porto santista para realizar operações.
Durante a cerimônia, Lula ressaltou que o Brasil tem hoje a oportunidade de se desenvolver com sustentabilidade. "Este país não pode jogar fora o século XXI. Este é o século da transição ecológica, e ninguém compete com o Brasil na hora de discutir energia renovável, etanol, biodiesel, hidrogênio verde… Ninguém disputa conosco", disse.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, participou da cerimônia e, entre vaias e aplausos, foi recebido pelo presidente da República, que contemporizou, dizendo ser hora de "restaurar a normalidade" e "respeitar as diferenças".