A proposta poderá ser apresentada ao país nas próximas 48 horas, conforme indicou o presidente da Assembleia Nacional (única câmara parlamentar), Jorge Rodríguez.
"É desejável que os pré-candidatos possam estabelecer suas posições, expressar opiniões e, em última análise, que todos possamos colaborar na construção de um calendário eleitoral. Este calendário servirá como sugestão ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Seria ideal a formação de uma comissão de trabalho que, em um prazo não superior a 48 ou 72 horas, possa reunir-se novamente para emitir, se possível, uma proposta consensual para um calendário eleitoral presidencial", declarou Rodríguez na sede do parlamento em Caracas.
Nessa primeira etapa de discussões, convocada pelo parlamento, participaram um total de 29 organizações políticas e grupos de eleitores registrados no CNE.
Também estiveram presentes os candidatos presidenciais Juan Carlos Alvarado, do partido de oposição Copei; Javier Bertucci, da Esperança para Mudança; Antonio Ecarri, da Aliança por el Lápiz; além de representantes das organizações políticas Primero Venezuela, Somos Venezuela, Movimento Eleitoral do Povo (MEP) e Unidade Popular Venezuelana (UPV).
Além das organizações de caráter político, membros dos setores religioso, trabalhista e empresarial também participaram.
Sobre o assunto, Rodríguez reafirmou que o CNE é a única entidade com competência na Venezuela, de acordo com a Constituição, para preparar o calendário eleitoral e convocar eleições. Portanto, neste caso, apresentará apenas uma proposta de calendário para ser avaliada no amplo processo de consulta.
"A única entidade com capacidade na Venezuela, conforme estabelecido em nossa Constituição, para convocar eventos eleitorais e elaborar o correspondente calendário eleitoral é o poder eleitoral. Cabe a ele receber e analisar a proposta que emerge deste abrangente processo de consulta", afirmou.