Em uma declaração citada pela Reuters, o grupo palestino afirmou ter "lidado com a proposta com um espírito positivo, assegurando um cessar-fogo abrangente e completo, pondo fim à agressão contra o nosso povo, garantindo ajuda, abrigo e reconstrução, levantando o cerco à Faixa de Gaza e alcançando uma troca de prisioneiros".
Um funcionário do Hamas que pediu para não ser identificado reiterou à mídia que o movimento não permitiria a libertação de reféns sem garantias de que o conflito pararia e que as forças israelenses deixariam o enclave.
O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, também disse hoje (6): "[…] recebemos uma resposta do Hamas sobre a estrutura geral do acordo [de reféns]. A resposta inclui alguns comentários, mas em geral é positiva", afirmou o premiê segundo o jornal The Times of Israel.
Os comentários surgiram após uma reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que fazia a sua última visita ao Oriente Médio. Blinken confirmou que as autoridades receberam a resposta do grupo palestino e disse que informaria os líderes de Israel quando for visitar o país na quarta-feira (7).
O Catar, que há muito é mediador com o Hamas, tem trabalhado com os EUA e o Egito para mediar um cessar-fogo que envolveria uma suspensão prolongada dos combates e a libertação dos mais de 100 reféns ainda detidos em Gaza.
Antony Blinken também se reuniu com autoridades egípcias no início do dia e esteve na Arábia Saudita na segunda-feira (5).
De acordo com o Euronews, cresceram as preocupações no Egito sobre as intenções declaradas de Israel de atacar áreas de Gaza perto da fronteira egípcia que estão repletas de palestinos deslocados.
Mais da metade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave procuraram refúgio na cidade fronteiriça de Rafah, em meio aos devastadores ataques aéreos e da campanha militar de Israel.
10 de dezembro 2023, 17:26
O número de mortos palestinos mortos em ataques israelenses aumentou para 27.478, disse o Ministério da Saúde nesta segunda-feira (6). Cerca de 1.350 israelenses foram mortos desde 7 de outubro de 2023, quando aconteceu o ataque do Hamas.