A CGU informou, em nota, que a exoneração foi motivada por "inassiduidade habitual" entre outubro de 2022 e setembro de 2023, quando o ex-ministro faltou 218 vezes ao trabalho, sem justificar o motivo do não comparecimento.
De acordo com a Lei Complementar nº 64/1990, devido à exoneração do serviço público por consequência do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), Weintraub fica inelegível para ocupar qualquer cargo público pelo prazo de oito anos.
A Unifesp informou, por meio de nota, que os procedimentos e as medidas administrativas seguiram os ritos previstos, conforme determina a respectiva legislação.
"Desde o recebimento da denúncia inicial, via ouvidoria, em 13 de abril de 2023, a universidade adotou todas as diligências cabíveis para apurar os fatos e colher os documentos necessários, instaurando um processo administrativo disciplinar, cuja apuração ocorreu sob sigilo, seguindo as determinações legais", diz a nota.
Weintraub ironizou a notícia em sua conta na plataforma X (antigo Twitter) e anunciou que fará uma live às 20h para comentar o caso: "[…] será que vou chorar?".
Weintraub, que é economista, foi demitido do governo de Bolsonaro em junho de 2020 e indicado logo em seguida para um mandato no conselho da diretoria do Banco Mundial. Em outubro de 2021, ele foi eleito para ocupar por dois anos a cadeira reservada ao Brasil na entidade.
O jogo mudou após declarações de Weintraub, meses depois, criticando Bolsonaro. Os dois acabaram se desentendendo, e o ex-ministro abdicou do cargo no banco.