O jornal comenta que o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, ofereceu poucos detalhes sobre como a liderança reformulada alcançará seus objetivos e não explicou onde a equipe do comandante anterior falhou.
"Os críticos de Zelensky dizem que ele tem evitado tomar decisões politicamente impopulares e que falhou em abordar os desafios em torno dos esforços para reformar e revitalizar o processo de mobilização", conta a reportagem.
No próximo mês a Ucrânia pode enfrentar dificuldades para realizar contra-ataques locais, e até o início do verão seu Exército poderia perder capacidade de defesa no campo de batalha, diz o jornal.
"A assistência americana, urgentemente necessária, permanece incerta. As tropas ucranianas estão exaustas, e faltam armas e munições. Os sistemas de defesa aérea, cruciais para proteger civis dos mísseis russos, estão sendo gradualmente exauridos por bombardeios repetidos", relata a matéria.
"Autoridades ocidentais e especialistas militares alertaram que, sem a assistência dos Estados Unidos, um colapso em cascata ao longo da frente de batalha é uma possibilidade real ainda neste ano", diz a matéria.
Em entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson, na noite de ontem (8), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que a Ucrânia não recuperará o território e reforçou que era a hora de fazer um acordo.
"Poderíamos ter parado essas hostilidades há um ano e meio", afirmou Putin. Entretanto, conforme acrescentou, naquele momento a Ucrânia preferiu atender às demandas do então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e abandonar as negociações com a Rússia.
Putin também apontou interferência dos EUA nas negociações sobre o conflito, que se arrasta há quase dois anos.
"Se o governo Zelensky se recusou a negociar, presumo que o fez sob instruções de Washington", ponderou.
Putin explicou que o atual conflito foi iniciado pelos ucranianos, em uma guerra começada pelos neonazistas em 2014, e a Ucrânia, sob o controle dos Estados Unidos, "declarou que não cumpriu os acordos de Minsk".
"Nós nos propusemos repetidamente a buscar uma solução para os problemas que surgiram na Ucrânia após 2014. Poderiam ter sido discutidos por meios pacíficos, mas ninguém nos ouviu", afirmou o presidente russo.