Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de armas, durante a operação da Polícia Federal Tempus Veritatis, na última quinta-feira (8). Na sexta (9), teve a prisão em flagrante convertida em preventiva por Moraes.
Moraes liberou Costa Neto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que emitiu parecer pela soltura devido à idade de Valdemar, de 74 anos de idade, e a "ausência de grave ameaça ou violência". Entretanto, o ministro determinou uma série de medidas cautelares sob a pena de voltar para a prisão.
Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no apartamento do político em Brasília, a Polícia Federal (PF) encontrou uma pepita de ouro bruto de 40 gramas, sem possibilidade de rastrear sua origem, o que configuraria um crime de usurpação mineral.
A defesa de Costa Neto informou que a pepita era de baixo valor e que a posse não configuraria um delito. Em relação à arma, os advogados afirmaram que ela pertenceria a um parente e estaria registrada.
A operação investiga a organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na presidência após a derrota nas eleições de 2022.
A investigação aponta que o PL foi usado "para financiar a estrutura de apoio às narrativas que alegavam supostas fraudes às urnas eletrônicas, de modo a legitimar as manifestações que ocorriam em frente às instalações militares".
Ao todo, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.
Bolsonaro foi um dos alvos e teve que entregar o passaporte, impedido de deixar o país. O advogado Fabio Wajngarten, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro, escreveu em suas redes sociais:
"O presidente Valdemar acaba de ser solto decorrente de decisão do Ministro Alexandre de Moraes. Teve concedida a sua liberdade provisória", postou ele na plataforma X (antigo Twitter).
Continuam com prisão preventiva decretada o ex-assessor especial de Bolsonaro Filipe Martins Garcia, o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, também ex-assessor especial, e o major Rafael Martins de Oliveira.