Ele expressou preocupação com a escalada da pressão russa sobre a região, dizendo que a "Rússia continua a exercer pressão sobre os ucranianos diariamente".
"Avdeevka corre o risco de cair sob o controle das tropas russas", reconheceu Kirby.
Ele atribuiu a situação em grande parte à escassez de munições nas Forças Armadas ucranianas, observando que a incapacidade dos Estados Unidos de enviar novos pacotes de ajuda militar para Kiev em meio às atuais condições tem contribuído para a situação.
Kirby explicou que o Congresso não aprovou o financiamento adicional necessário para enviar uma nova assistência aos ucranianos.
Enquanto isso, relatos indicam que as tropas ucranianas estão se retirando parcialmente de Avdeevka, considerando a rendição da cidade uma questão de tempo, conforme reportado pela imprensa estadunidense.
Um militar ucraniano, cuja identidade não foi revelada, destacou ao Washington Post a pressão crescente das forças russas, forçando as tropas ucranianas a recuarem.
O jornal observou também que, apesar da retirada, foram enviados novos militares ucranianos para a cidade na semana passada, sugerindo que a coqueria de Avdeevka poderia ser o último bastião das Forças Armadas ucranianas na região.
O representante do grupo operacional-estratégico das Forças Armadas da Ucrânia Tavria, Dmitry Likhovoy, reconheceu a iminência da perda da principal linha de abastecimento das tropas ucranianas perto de Avdeevka.
A situação já foi descrita como "extremamente difícil" pelo comando das tropas ucranianas.
A escalada do conflito também foi evidenciada por um ataque das Forças Armadas russas a empresas do complexo militar-industrial ucraniano.
O Ministério da Defesa russo informou que os ataques, realizados com mísseis aéreos e marítimos, atingiram várias instalações, incluindo fábricas de motores de aeronaves e produção de munições.
O aumento das hostilidades por parte das forças ucranianas levou a uma série de condenações internacionais. O ataque de Kiev à cidade pacífica de Belgorod resultou em mortos e feridos, além de danos significativos a instalações civis.
A Rússia classificou o incidente como um ato de terrorismo e planeja apresentá-lo a organizações internacionais.
Enquanto isso, as preocupações persistem sobre a falta de unidade no apoio ocidental à Ucrânia.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, alertou para as consequências da falta de apoio contínuo dos EUA, enfatizando que o suporte à Ucrânia é essencial para a segurança do bloco.
A incerteza política nos Estados Unidos também alimenta temores de uma mudança na abordagem em relação à Ucrânia, com especulações sobre as políticas que um eventual segundo mandato do presidente Donald Trump poderia adotar.
Dessa forma, a possibilidade de uma reforma da OTAN que condicione a aplicação do artigo 5º a contribuições específicas de defesa também está sendo discutida.