Panorama internacional

EUA fabricaram alegação de que Putin preferia Trump a Clinton nas eleições de 2016, diz relatório

As alegações feitas pela comunidade de inteligência dos EUA em 2017, sugerindo que o presidente russo, Vladimir Putin, teria preferido Donald Trump em vez de Hillary Clinton nas eleições presidenciais de 2016, são mentira, de acordo com um recente relatório publicado por jornalistas norte-americanos.
Sputnik
Os jornalistas investigativos Michael Shellenberger, Matt Taibbi e Alex Gutentag revelaram nesta quinta-feira (15) que tais alegações foram fabricadas.
O relatório, que cita fontes próximas à investigação do Comitê Permanente de Inteligência da Câmara (HPSCI, na sigla em inglês), afirma que a avaliação da comunidade de inteligência de janeiro de 2017 não se baseava em fatos sólidos, mas em suposições manipuladas.
Contrariando a narrativa estabelecida pela Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), as evidências sugerem que Putin, na verdade, até preferia Clinton, segundo eles.
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Os analistas de inteligência dos EUA, segundo o relatório, tinham conhecimento de que os russos viam Trump como pouco confiável e instável, enquanto consideravam Clinton mais gerenciável e provável de manter as políticas existentes dos EUA.
O relatório destaca ainda o papel de John Brennan, ex-diretor da CIA, no esforço para enquadrar Trump como o candidato favorecido por Putin, sugerindo que a avaliação foi conduzida com motivações políticas.
Recentemente, Putin afirmou em entrevista à mídia russa que seria mais benéfico para a Rússia que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, permanecesse no cargo devido à sua previsibilidade.
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Trump, por sua vez, interpretou os comentários de Putin como um "grande elogio", provocando uma reação mista nos círculos políticos americanos.
Após a conturbada campanha eleitoral de 2016, o ex-presidente Trump foi alvo de investigações por possíveis ligações com a Rússia, mas tanto ele quanto o Kremlin negaram veementemente qualquer conluio.
As investigações subsequentes, conduzidas por Robert Mueller e John Durham, não encontraram evidências substanciais de conspiração criminosa e questionaram a legitimidade das investigações iniciais do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) sobre o assunto.
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