Os jornalistas investigativos Michael Shellenberger, Matt Taibbi e Alex Gutentag revelaram nesta quinta-feira (15) que tais alegações foram fabricadas.
O relatório, que cita fontes próximas à investigação do Comitê Permanente de Inteligência da Câmara (HPSCI, na sigla em inglês), afirma que a avaliação da comunidade de inteligência de janeiro de 2017 não se baseava em fatos sólidos, mas em suposições manipuladas.
Contrariando a narrativa estabelecida pela Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), as evidências sugerem que Putin, na verdade, até preferia Clinton, segundo eles.
Os analistas de inteligência dos EUA, segundo o relatório, tinham conhecimento de que os russos viam Trump como pouco confiável e instável, enquanto consideravam Clinton mais gerenciável e provável de manter as políticas existentes dos EUA.
O relatório destaca ainda o papel de John Brennan, ex-diretor da CIA, no esforço para enquadrar Trump como o candidato favorecido por Putin, sugerindo que a avaliação foi conduzida com motivações políticas.
Recentemente, Putin afirmou em entrevista à mídia russa que seria mais benéfico para a Rússia que o atual presidente dos EUA, Joe Biden, permanecesse no cargo devido à sua previsibilidade.
Trump, por sua vez, interpretou os comentários de Putin como um "grande elogio", provocando uma reação mista nos círculos políticos americanos.
Após a conturbada campanha eleitoral de 2016, o ex-presidente Trump foi alvo de investigações por possíveis ligações com a Rússia, mas tanto ele quanto o Kremlin negaram veementemente qualquer conluio.
As investigações subsequentes, conduzidas por Robert Mueller e John Durham, não encontraram evidências substanciais de conspiração criminosa e questionaram a legitimidade das investigações iniciais do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) sobre o assunto.