Operação militar especial russa

Acordo de paz entre Rússia e Ucrânia é possível e desejável, diz think tank dos EUA

Uma solução negociada para acabar com o conflito entre a Ucrânia e a Rússia é possível e desejável, diz um relatório publicado pelo think tank Instituto Quincy para Políticas de Estado Responsáveis.
Sputnik
O ex-analista da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) George Beebe e o especialista em Eurásia Anatol Lieven, autores do relatório, acreditam que é possível chegar a um compromisso por meios diplomáticos.
"A sabedoria convencional afirma que um fim negociado para a guerra na Ucrânia não é possível nem desejável. Essa convicção é falsa. Isso também é extremamente perigoso para o futuro da Ucrânia", destaca o relatório.
Os EUA e seus aliados não podem resolver os "problemas agudos de pessoal" da Ucrânia sem envolvimento direto no conflito, esclareceram os autores.
"A guerra não está tendendo para um impasse estável, mas para o futuro colapso da Ucrânia", enfatiza o documento.
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A Rússia resistiu às sanções e melhorou suas forças militares, enquanto a Ucrânia tem gradualmente esgotado suas forças, de acordo com os autores. Há "pouca perspectiva realista" de futuros ganhos territoriais ucranianos, apontam Beebe e Lieven.
A melhor esperança da Ucrânia está em um acordo negociado que impeça a escalada futura e reforce a segurança regional e global, dizem os analistas.
Destaca-se também que os EUA devem apoiar publicamente os apelos da China, do Brasil e de outros países para realizar negociações de paz. As autoridades de Washington devem interagir com seus homólogos russos por meio de canais formais e informais para ajudar a estabelecer confiança e reforçar o diálogo, diz o relatório.
Os analistas concluem que a retórica pública dos EUA deve demonstrar abertura às negociações de paz em vez de uma crença de que o conflito deve continuar indefinidamente.
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