"Penso que podemos chegar a um acordo em breve... Mas o padrão dos últimos dias não é muito promissor", reconheceu o líder do Catar, que tem desempenhado um papel tido como fundamental nas negociações entre o país judeu e o Hamas nos últimos meses.
Abdulrahman al-Thani também admitiu que "o tempo não está a nosso favor", já que as tropas israelenses continuam a conduzir sua ofensiva na cidade de Rafah, onde milhões de palestinos se refugiaram após Tel Aviv devastar todo o norte de Gaza.
"Um dilema em que estivemos imersos e que, infelizmente, tem sido mal utilizado por muitos países, é que, para alcançar um cessar-fogo, é necessário chegar a um acordo sobre os reféns", complementou.
Horas antes, o chefe político do movimento palestino Hamas, Ismail Haniya, acusou Israel de não cooperar nas negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza e uma troca de prisioneiros.
"A ocupação [israelense] continua a manobrar e a adiar questões que preocupam o nosso povo, enquanto sua posição se concentra na libertação de prisioneiros detidos pela resistência [representada pelo Hamas e pelos seus grupos palestinos aliados]", observou Haniya.