Em uma conferência de imprensa neste sábado (17), o premiê Benjamin Netanyahu disse que, apesar da pressão global para que Israel não conduza uma operação terrestre no sul da Faixa de Gaza, Tel Aviv não vai ceder aos apelos.
"Aqueles que querem impedir-nos de operar em Rafah estão essencialmente a dizer-nos: percam a guerra. Não vou deixar isso acontecer. Não vamos capitular a nenhuma pressão", afirmou.
Ao mesmo tempo, o premiê reafirmou que Tel Aviv "não capitulará aos ditames internacionais" em relação a um futuro acordo com os palestinos. "Um acordo só será alcançado em conversações diretas entre os dois lados, sem condições prévias".
Sobre um acordo para cessar-fogo, Netanyahu diz que as exigências do Hamas continuam a ser "ilusórias" e que aceitá-las significaria uma derrota para Israel.
"Obviamente, não concordaremos com eles. Quando o Hamas desistir dessas exigências ilusórias, poderemos fazer progressos."
Ele também acrescentou que continuará "a opor-se firmemente ao reconhecimento unilateral do Estado palestino" e protestou contra a ideia de países concederem tal reconhecimento, dizendo que "não haveria maior prémio para o terror" do que fazê-lo após o ataque a Israel em 7 de outubro.
As declarações do premiê acontecem enquanto milhares de israelenses vão às ruas protestar contra seu governo e as medidas que têm sido aplicadas na campanha militar das Forças de Defesa de Israel (FDI) na Faixa de Gaza.
Seu governo tem sofrido grande pressão mundial por estar se preparando para fazer uma operação terrestre em Rafah, região para onde mais de 1,4 milhão de palestinos se refugiaram quando deixaram suas casas no Norte e centro de Gaza.
O conflito já deixou mais de 30 mil palestinos e cerca de 1,330 israelenses mortos.