Panorama internacional

Pare de reclamar de Trump e concentre-se nos interesses da Europa, diz possível novo chefe da OTAN

Na semana passada, o ex-presidente americano provocou indignação na Europa, dizendo que, se fosse reeleito em novembro, não defenderia os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que não gastam o suficiente com defesa.
Sputnik
O primeiro-ministro cessante dos Países Baixos Mark Rutte, o favorito para ser o próximo secretário-geral da OTAN, disse neste sábado (17) que a Europa deveria parar de reclamar de Donald Trump e se concentrar no que poderia fazer pela Ucrânia.

"Deveríamos parar de reclamar, reclamar e reclamar de Trump [Isso] cabe aos americanos. Não sou americano, não posso votar nos EUA. Temos que trabalhar com quem está na pista de dança", afirmou Rutte citado pela Reuters.

O premiê holandês afirmou que a Europa deveria, de qualquer forma, gastar mais em defesa e aumentar a produção de munições, não apenas porque Trump poderia voltar. Também acrescentou que aumentar o apoio à Ucrânia "era do interesse" de toda Europa.
"[…] E todas aquelas lamentações e reclamações sobre Trump. Ouço isso constantemente nos últimos dias. Vamos parar de fazer isso", declarou.
Rutte, que anunciou inesperadamente a sua saída da política holandesa em julho, disse que não sabe se está a ser considerado um favorito para liderar a aliança atlântica e que não iniciaria uma campanha pessoal.
No entanto, a Turquia, um dos países-membros da OTAN, já se posicionou nesta semana dizendo que quer garantias de Rutte antes de aprovar sua candidatura.
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Entre elas, está a permissão a Ancara para ser incluída nas parcerias da aliança com a União Europeia e que garanta que não haverá restrições às exportações de defesa entre os aliados da OTAN, conforme noticiado.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, está no cargo desde 2014 e deverá deixar o cargo em outubro de 2024.
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