Panorama internacional

'Ele deveria ter vergonha de si', diz Netanyahu após Lula intitular ataques em Gaza de genocidas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não ficou muito satisfeito com o posicionamento do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre os atos cometidos por Israel na guerra que ocorre na Faixa de Gaza.
Sputnik
Durante o pronunciamento oficial, o premiê israelense disse que o presidente brasileiro deveria ter "vergonha de si mesmo" e que, ao comparar os ataques israelenses ao que ocorreu no Holocausto pelos nazistas, ele estaria "desonrando a memória de milhões de judeus assassinados".

"Ao comparar a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas — uma organização terrorista e genocida — ao Holocausto, o presidente [Luiz Inácio Lula da] Silva desonrou a memória de milhões de judeus assassinados pelos nazistas e ele demonizou o estado judeu como o anti-semita mais virulento. Ele deveria ter vergonha de si mesmo", bradou durante coletiva de imprensa.

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Em outubro de 2015, no entanto, o próprio primeiro-ministro israelense relativizou o Holocausto judeu.
Segundo declarou à época, "Hitler não queria exterminar os judeus". A fala provocou polêmica entre autoridades e lideranças judaicas.

'Não é uma guerra, mas um genocídio'

Durante coletiva de imprensa em Adis Abeba, capital da Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os líderes dos países que cortaram a contribuição para a agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio", afirmou Lula durante uma coletiva no país africano por ocasião de sua visita à União Africana.
No âmbito da sua turnê por países africanos, Lula foi questionado sobre sua decisão de fazer novos repasses de recursos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) —responsável por alimentar, educar, dar saúde e moradia para milhões de refugiados palestinos não apenas na Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia, Síria, Jordânia e Líbano.
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