"É absolutamente óbvio que a política atual das autoridades em exercício está causando um dano enorme ao futuro da economia alemã", disse o líder russo.
Ao mesmo tempo, Putin descartou avaliar a situação política no país europeu.
"Lá está ocorrendo uma difícil luta política interna", indicou. É uma questão do governo alemão, enfatizou o líder russo, determinar as prioridades do país.
Apesar das economias europeia e alemã possuírem bases muito sólidas, segundo Putin, "a competitividade está sendo perdida ou já foi perdida, já que foi construída sobre, quero enfatizar, os recursos energéticos russos relativamente baratos".
Os países europeus "esperavam que, se não comprassem nosso gás, entraríamos em colapso mais rápido do que processos irreversíveis ocorreriam para eles. Mas na realidade, estão começando a ocorrer processos irreversíveis para eles", comentou o presidente.
Além disso, o presidente russo lembrou que a indústria está deixando a região, incluindo os Estados Unidos, onde foram criadas condições mais favoráveis e os recursos energéticos são considerados mais baratos.
Economia europeia forçada a 'fazer dieta'
A recusa da União Europeia (UE) de importar energia proveniente da Rússia levou à estagnação da economia europeia, à inflação e à dependência do gás natural liquefeito (GNL) dos EUA, disse à Sputnik o representante interino da Rússia na UE, Kirill Logvinov, na última semana.
"Após restringir o fornecimento de [fontes] de energia nacionais, a UE foi forçada a colocar sua economia em 'dieta'. Desde o outono de 2022, ela está em estado de estagnação. Durante vários trimestres consecutivos na União Europeia são registradas taxas de crescimento do PIB quase nulas (no terceiro trimestre de 2023: 0,0 % na UE e -0,1% na zona do euro). Em relação aos níveis do ano passado, o crescimento é esperado em apenas 0,6%, em ambos os casos. A maior economia europeia, a Alemanha, passou para valores negativos", disse o interlocutor da agência.