O compromisso aconteceu após a reunião de chanceleres do G20, que aconteceu no Rio de Janeiro entre quarta-feira (21) e hoje (22).
Lavrov e a comitiva russa deixaram o Palácio do Alvorada por volta das 19h15.
De acordo com o chanceler russo, o presidente Vladimir Putin se colocou à disposição de Lula para cooperar nas questões bilaterais e nos assuntos internacionais.
Putin também mandou "saudações calorosas" ao presidente brasileiro.
Por meio de Lavrov, o presidente da Rússia lembrou, ainda, que explicou detalhadamente as avaliações dos acontecimentos atuais na entrevista ao apresentador norte-americano Tucker Carlson, ocorrida há duas semanas e cuja audiência ultrapassou 200 milhões de visualizações na rede social X (antigo Twitter).
"Esperamos que os seus especialistas tenham tido a oportunidade de tomar conhecimento desse conteúdo", disse o diplomata.
A reunião de chanceleres do G20 reuniu nos dias 21 e 22 de fevereiro, no Rio de Janeiro, os chanceleres dos 20 maiores economias do mundo, além de países convidados e organizações internacionais (participaram um total de 45 delegações).
Antes de se reunir com os ministros, Lavrov realizou uma série de viagens pela América Latina: visitou Cuba e Venezuela, onde se reuniu com os pares desses países e com os líderes locais, Miguel Díaz-Canel e Nicolás Maduro, respectivamente, e depois chegou ao Brasil.
Mais cedo, com alguns problemas técnicos, o ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que manteria uma reunião com o presidente brasileiro, já que o Brasil resolveu todas as questões relacionadas ao abastecimento do avião da delegação russa.
"Acontece que aqui no Brasil praticamente não existem empresas que abastecem aeronaves que não sejam de propriedade de corporações ocidentais. Mas quero destacar a atuação dos anfitriões brasileiros, que fizeram de tudo para resolver essa questão. Essa reunião [com o presidente Lula] acontecerá hoje [22]", disse Lavrov mais cedo aos jornalistas, ao comentar relatos de que o voo do ministro para uma reunião com Lula estava em questão devido à falta de garantias de combustível de um distribuidor local.
Segundo ele disse à imprensa brasileira, a Rússia continua pronta para conversas de estabilidade estratégica na Ucrânia com os EUA, mas acrescentou que é preciso incluir todos os pontos russos sem exceções.