Em sua conta no Twitter, o premiê de Israel afirmou que tentará aprovar, junto de seu gabinete, os planos operacionais para a região de Rafah no início da semana que vem. Dentre os objetivos das Forças de Defesa de Israel estarão a libertação de reféns, a evacuação da população civil e a eliminação de agentes do grupo palestino Hamas.
Segundo Netanyahu, uma delegação foi enviada a Paris, capital da França, para discutir os próximos passos. O presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, condenaram uma possível operação militar em Rafah.
"Estamos trabalhando para obter outro esquema para a libertação dos nossos reféns, bem como para a conclusão da eliminação dos batalhões do Hamas em Rafah. É por isso que enviei uma delegação a Paris e esta noite discutiremos os próximos passos nas negociações. Portanto, no início da semana, convocarei o gabinete para aprovar os planos operacionais de ação em Rafah, incluindo a evacuação da população civil. Só uma combinação de pressão militar e negociações firmes conduzirá à libertação dos nossos reféns, à eliminação do Hamas e à realização de todos os objetivos da guerra."
Logo no início do contra-ataque israelense, Netanyahu avisou aos civis para que se deslocassem a Rafah, declarando a porção sul da Faixa de Gaza uma zona segura. No entanto, Israel não cumpriu sua promessa e realizou diversos ataques aéreos na região desde então.
Organismos internacionais classificam a ação como deslocamento forçado em massa, o que é condenável a partir das convenções de crimes de guerra e genocídio, dos quais Israel é acusado.