Panorama internacional

'Evitem discursos extremos': ONU adverte Ocidente em meio à escalada da OTAN sobre a Ucrânia

A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo à moderação nesta terça-feira (27) em meio à crescente escalada do discurso das nações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre um eventual envio de tropas da aliança atlântica para o conflito ucraniano. A hipótese, ventilada pelo presidente francês Emmanuel Macron, foi descartada.
Sputnik
O porta-voz do organismo, Stéphane Dujarric, se referiu às declarações do presidente da França, que sugeriu o envio de tropas para apoiar Kiev.

"Desde o início deste conflito, temos observado muitos discursos que têm o potencial de intensificar um conflito já mortal. Nosso apelo, que tem sido consistente desde o princípio, é evitar esse tipo de discurso, e é isso que temos reiterado desde o início", declarou Dujarric em uma coletiva de imprensa.

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As declarações de Macron, que provocaram reações diversas da comunidade internacional, geraram preocupações de que a Ucrânia possa se tornar um palco de um conflito ainda mais amplo.
Alemanha, Polônia, República Tcheca e Espanha reagiram e declinaram à sugestão de Macron para envio de tropas à Ucrânia.
Os EUA também negaram a questão. No entanto, segundo a agência AFP, o assunto estava sendo discutido entre o país e seus homólogos franceses.
A ONU, por sua vez, tem reiterado a necessidade de um diálogo urgente entre as partes envolvidas para encontrar uma solução pacífica para a crise.
Dujarric também destacou a necessidade de proteger os civis que estão sendo diretamente afetados pelo conflito. "Milhares de pessoas já foram forçadas a deixar suas casas e muitas outras estão em risco. É crucial que todas as partes envolvidas tomem todas as medidas necessárias para proteger os civis e garantir o acesso humanitário àqueles que precisam", disse ele.
A ONU tem intensificado seus esforços para mediar um acordo entre a Ucrânia e a Rússia, mas até o momento não houve progresso significativo. O secretário-geral da ONU, António Guterres, tem apelado por um cessar-fogo imediato e o início de negociações para uma solução pacífica.
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