"A situação na Venezuela continua representando uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos. Por essa razão, determinei que é necessário continuar a emergência nacional declarada na Ordem Executiva 13.692 com relação à situação na Venezuela", escreveu.
ONU criticou sanções dos EUA contra Venezuela
No mês passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu que as sanções impostas à Venezuela estão impedindo a implementação de planos sociais e agravando a crise humanitária no país.
As medidas, segundo o relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, limitam drasticamente a capacidade do governo de financiar programas sociais e fornecer serviços básicos à população.
"As sanções congelaram ativos do governo venezuelano e restringiram seu acesso ao mercado financeiro internacional", afirma Fakhri. "Isso impactou drasticamente sua capacidade de financiar programas de proteção social e fornecer serviços públicos básicos, como saúde, educação e alimentação."
Fome e desnutrição atingem níveis alarmantes na Venezuela
Durante sua missão de duas semanas à Venezuela, Fakhri se reuniu com representantes do governo, do Poder Judiciário, de instituições independentes e de comunidades indígenas, especialistas e atores da sociedade civil.
O especialista reconheceu os esforços do governo de Nicolás Maduro para reduzir a dependência do país da receita do petróleo e promover a produção local, mas manifestou sua profunda preocupação com a gravidade da fome e da desnutrição, que atingem uma parcela significativa da população venezuelana.
"A insegurança alimentar, a desnutrição e a deterioração dos meios de subsistência, agravadas pelas sanções, já resultaram em um aumento da pobreza e da emigração em massa", disse Fakhri.