Nesta quarta-feira (6), o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, manteve conversas extensas com representantes dos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa russos e com Aleksei Likhachev, chefe da estatal nuclear Rosatom.
"Foram consultas muito intensas e detalhadas que permitiram avaliar a situação na usina nuclear de Zaporozhie", afirmou Grossi a repórteres após reunião com Likhachev.
Os seis reatores da usina estão desligados há meses, mas ela ainda precisa de energia e de pessoal qualificado para operar sistemas de resfriamento cruciais e outros recursos de segurança.
"Durante as consultas, uma ampla gama de questões foi considerada, inclusive sobre áreas promissoras para o desenvolvimento da energia nuclear na Rússia e no mundo. O foco estava em questões relacionadas à garantia da segurança da usina nuclear de Zaporozhie. Aleksei Likhachev falou sobre medidas que estão sendo tomadas pelo lado russo para garantir a operação segura da usina nuclear e também abordou certos aspectos da interação com especialistas da AIEA na estação", disse a Rosatom em um comunicado após a reunião entre as autoridades.
O chefe da AIEA também afirmou aos repórteres que teria a oportunidade de discutir a usina nuclear com o presidente russo Vladimir Putin "em alguns minutos".
Sobre o encontro, Likhachev destacou que a conversa entre Grossi e Putin não será apenas sobre a segurança da usina, mas também sobre "que contribuição a Rússia como um todo dará para o desenvolvimento da energia nuclear no planeta", afirmou o chefe da Rosatom.
A viagem de Grossi à Rússia está planejada há muito tempo. Ele pretendia originalmente ir para Moscou no mês passado, após uma viagem à Ucrânia, mas não aconteceu.