A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é um bloco que já provocou inúmeros conflitos militares em todo o mundo e se prepara agora para os próximos, principalmente com Moscou, declarou Patrushev, nesta quinta-feira (7), ao comentar as manobras em grande escala realizadas por essa aliança militar.
Segundo o secretário, o "papel destrutivo" dos Estados Unidos, líder da aliança, "é evidente na história moderna", já que nenhum outro país do mundo "desencadeou tantas guerras e conflitos militares e causou tantas crises econômicas devastadoras".
Patrushev enfatizou que uma das ferramentas de influência de Washington é ter o bloco militar "agressivo".
"Durante os seus 75 anos de existência como suposta garantidora da paz e da democracia, a OTAN desencadeou mais de 100 guerras e conflitos militares em todo o mundo e já se prepara para o próximo", acrescentou.
Ele assinalou, ainda, que o fato dos países membros continuarem a aumentar as suas despesas militares "sublinha, mais uma vez, a natureza cada vez mais agressiva desta aliança".
Neste contexto, Patrushev destacou que os exercícios 'Steadfast Defender' 2024, que decorrem perto das fronteiras russas e durante as quais "se ensaia um cenário de confronto armado com Moscou, aumentam, sem dúvida, a tensão e desestabilizam a situação no mundo".
Os maiores exercícios militares desde a Guerra Fria
O maior exercício militar do bloco desde a Guerra Fria, 'Steadfast Defender', começou em 31 de janeiro e durará até o próximo mês de maio. Mais de 50 navios — de porta-aviões a destroieres — e mais de 80 aeronaves de combate, entre helicópteros e drones e cerca de 90 mil soldados de países da OTAN participarão das atividades.
Embora o bloco militar não tenha mencionado o nome da Rússia nas descrições dos exercícios, o seu principal documento estratégico identifica o país euroasiático como "a ameaça mais significativa e direta à segurança dos aliados". Da mesma forma, o comandante supremo das forças aliadas da OTAN na Europa e chefe do Comando Europeu dos EUA, Christopher Cavoli, disse que nas atividades do 'Steadfast Defender' seria testada uma resposta a um possível ataque russo.