"Se ele tivesse o povo acreditando na vitória das Forças Armadas, não tinha dificuldade em fazer a mobilização [para o Exército]. A briga dele com o Valery Zaluzhny [ex-comandante das tropas] foi porque queriam 500 mil homens e não têm. A faixa etária da linha de frente tem 41 anos, estão usando inclusive mulheres grávidas na linha de frente, indivíduos com síndrome de Down. Então é porque o recrutamento não está fácil. De onde vai tirar o soldado, vai tirar as granadas de artilharia que também estão em falta no Ocidente?", argumenta.
Quais são as sanções contra a Rússia?
"O prejuízo europeu é imenso, porque eles consomem petróleo e gás muito caros vindos dos Estados Unidos, e agora estão se virando para conseguirem em outros lugares, na África principalmente, e pagando mais. Só que tem um detalhe: os EUA importam petróleo russo, porque quando eles pegam petróleo da Índia, por exemplo, na verdade, é petróleo russo embarcado em navios indianos. Só que eles sabem disso, e também acontece com bauxita, urânio e diamante. Eu acho engraçadíssimo isso, vão sancionando tudo, compram da Índia e da China, a China e a Índia importam da Rússia e vendem para eles mais caro", conta.
Norte-americanos não gostam de apostar em 'perdedores'
"Eu não acredito que ele consiga ir até as eleições, eu acho que em algum momento, do jeito que está a fragilidade da saúde dele, pode ser que em algum momento daqui para frente ele se retire do páreo. Isso aconteceu agora na conferência de segurança mundial em Munique, uma coisa que é, no mínimo, antiético, mas mostra as movimentações dentro do partido democrata. Kamala Harris [vice-presidente do país] se posicionou e disse que se por algum motivo o presidente não puder concorrer, o nome está à disposição do partido", afirma.