Panorama internacional

'Franco e profissional': chefe da AIEA descreve diálogo com Putin sobre situação de Zaporozhie

Rafael Grossi se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, na última quarta-feira (6), para discutir a segurança de Zaporozhie. Na conversa, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu máxima contenção militar no entorno da usina nuclear.
Sputnik
O diretor-geral da agência descreveu como "franco e profissional" o diálogo que manteve com Putin, na cidade russa de Sochi, sobre a situação da usina nuclear de Zaporozhie.
A informação foi dada em um comunicado, divulgado pela agência nesta sexta-feira (8). Segundo o texto, na conversa Grossi pediu máxima contenção militar no entorno da usina nuclear, com as discussões centradas "na importância primordial de reduzir os ainda significativos riscos de segurança […]".
Grossi chegou a Sochi na última quarta-feira, para encontros com Putin e com uma delegação da estatal nuclear Rosatom, liderada por Aleksei Likhachev. Foi a segunda reunião de Grossi sobre o tema na Rússia. A primeira foi em outubro de 2022, em São Petersburgo.
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Na conversa, Putin sublinhou que a Rússia está fazendo de tudo para fortalecer a segurança das instalações nucleares.

"Continuamos sendo um dos líderes indiscutíveis nessa área no mundo. Não apenas operamos, mas desenvolvemos ativamente a energia nuclear, consideramos que é uma forma de energia ecologicamente correta. Estamos fazendo de tudo para melhorar a segurança nas instalações nucleares", afirmou o presidente russo.

A central nuclear está localizada na cidade de Energodar, na região de Zaporozhie, território que passou a fazer parte da Rússia em setembro de 2022.
Com seis reatores de água pressurizada VVER-1000 e uma capacidade total de 6 mil megawatts, a usina é a maior da Europa. Os seis reatores estão desligados para minimizar o risco de exposição ao conflito armado em curso.
Em 30 de maio de 2023, Grossi formulou cinco princípios para garantir a segurança da usina nuclear: prevenir qualquer ataque contra as instalações da central ou o seu pessoal; não manter ali armas pesadas ou tropas que possam ser utilizadas para um ataque a partir da usina; não colocar em risco fontes externas de energia; proteger as estruturas, sistemas e componentes essenciais ao funcionamento seguro da central contra ataques ou atos de sabotagem; e evitar qualquer ação que possa prejudicar esses princípios.
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