O governo dos Estados Unidos está pressionando aliados, incluindo Alemanha, Coreia do Sul, Japão e Países Baixos, a aumentarem ainda mais as restrições ao acesso da China à tecnologia de semicondutores, revelou na quarta-feira (6) a agência norte-americana Bloomberg.
A administração de Joe Biden tem como objetivos tapar as brechas nos controles de exportação que Washington impôs nos últimos dois anos e restringir o progresso da China no desenvolvimento de capacidades domésticas de chips, de acordo com as fontes da mídia.
Os EUA estariam agora pedindo aos Países Baixos que impeçam a holandesa ASML de fazer manutenção e reparos em equipamentos sensíveis de fabricação de chips que clientes chineses compraram antes que os limites de venda desses dispositivos fossem colocados em vigor, neste ano.
O governo norte-americano quer também que as empresas japonesas limitem as exportações para a China de produtos químicos essenciais para a fabricação de chips, incluindo fotorresistentes, escreve a agência. O Japão tem várias empresas líderes em fotorresistência, incluindo JSR e Shin-Etsu Chemical.
"Tóquio e Haia reagiram com frieza à última investida de Washington, argumentando que querem avaliar o impacto de suas atuais restrições antes de considerar medidas mais rígidas, disseram algumas das pessoas. Funcionários do Departamento de Comércio dos EUA levantaram a questão em Tóquio durante uma reunião sobre controles de exportação no mês passado", disse uma das fontes, segundo a Bloomberg.
Os EUA têm reforçado suas medidas sancionatórias contra empresas da China desde 2019. O Ministério das Relações Exteriores do país asiático expressou na quinta-feira (7) sua insatisfação com as ações norte-americanas.
"Os EUA têm concebido diversas táticas para conter a China e continuam aumentando a sua lista de sanções unilaterais, atingindo níveis desconcertantes", disse o chanceler Wang Yi a repórteres em Pequim, acrescentando que "se os EUA ficarem obcecados em restringir a China, acabarão por se prejudicar".