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Von der Leyen exorta a Europa a 'turbinar sua capacidade industrial de defesa' na produção de armas

A presidente da Comissão Europeia exortou o bloco europeu a acelerar a construção de capacidades militares, dias depois da apresentação de uma estratégia para o setor de defesa do continente.
Sputnik
A Europa precisa "turbinar" a "capacidade industrial de defesa" para melhorar suas forças e estar preparada para possíveis batalhas, anunciou na quinta-feira (7) a presidente da Comissão Europeia.
Falando durante uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE), o maior bloco político da UE, em Bucareste, Romênia, Ursula von der Leyen abordou o tema da segurança europeia.
"Nosso objetivo comum deve ser claro: precisamos turbinar nossa capacidade industrial de defesa nos próximos cinco anos. No centro disso deve estar um princípio simples: a Europa deve gastar mais, gastar melhor, gastar de forma europeia", disse.
Ela sublinhou que tal medida "atenderia à necessidade urgente de reconstruir, reabastecer e modernizar" as forças armadas dos Estados-membros do bloco, além de continuar o apoio a Kiev. Para von der Leyen, a União Europeia também deveria "se esforçar para desenvolver e produzir capacidades operacionais de nova geração que vençam batalhas".
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"Em termos de segurança, não há problema mais urgente do que a Ucrânia. [...] Não pode haver dúvidas [disso]. A Europa estará ao lado da Ucrânia pelo tempo que for necessário, com mais apoio financeiro e mais apoio militar", garantiu ela.
As declarações aconteceram depois que a Comissão Europeia apresentou na terça-feira (5) uma estratégia de reforço do seu setor de defesa, que pede a simplificação da aquisição de armas entre os Estados-membros e a redução da dependência do setor de armas dos EUA.
"Está claro que há um novo senso de urgência e responsabilidade entre os Estados-membros para intensificar nosso trabalho conjunto na defesa, e um desejo claro de fazer mais juntos", explicou Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), em uma entrevista ao jornal norte-americano Politico, publicada na quarta-feira (6).
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