Com uma vitória à justa, a aliança, que inclui o Partido Social Democrata (PSD) elegeu 79 parlamentares, um aumento de duas cadeiras no parlamento, obtendo cerca de 29% dos votos, enquanto o PS conquistou cerca de 28% e conseguiu eleger 77 deputados, perdendo 44 cadeiras.
Em terceiro lugar, o partido Chega, de direita, é a força política que mais conseguiu ampliar a bancada de deputados no parlamento: saltou de 12 para 48 deputados e conquistou cerca de 18% dos votos.
O partido Iniciativa Liberal elegeu oito deputados (5,08%), o Bloco de Esquerda, cinco (4,46%) a CDU (3,30%) e o Livre (3,26%), quatro cada um e o PAN, 1 deputada (1,93%).
Mais de 10,8 milhões de eleitores registrados foram às urnas para eleger 230 deputados da Assembleia da República.
Após admitir a derrota, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, declarou à imprensa local que "o Partido Socialista será oposição".
O líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, celebrou a vitória após os resultados finais serem conhecidos, mas se mostrou consciente que a AD derrotou por pouco os socialistas e, por isso, há a necessidade de negociar para manter a governabilidade:
"A nossa expectativa é que todos os partidos assumam as suas responsabilidades, a começar pelo PS, que teve menos votos e menos mandatos", declarou ele à imprensa.
Nesta quarta-feira (13), está prevista uma conferência de líderes dos partidos e, na semana seguinte, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ouvirá as lideranças sobre os nomes cotados para liderar o governo e sinaliza quem deve ser o indicado para o posto de primeiro-ministro. A confirmação no cargo será feita na primeira sessão da nova legislatura, no início de abril.
De acordo com o jornal português Público, o ainda ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, antevê um cenário de "instabilidade" política no país com os resultados das urnas. Segundo ele, Portugal "sai mais frágil" destas eleições e admite que o país tenha que ir novamente a eleições "daqui a seis meses, ou um ano ou dois".
Em novembro do ano passado, o presidente anunciou a dissolução da Assembleia da República e a antecipação das eleições legislativas. A decisão foi tomada após o primeiro-ministro, António Costa, apresentar sua demissão, quando foi deflagrada uma megaoperação anticorrupção que tem o próprio premiê como um dos investigados.