A empresa de transporte alemã DHL afirmou que os pedidos para transportar mercadorias nas ferrovias russas aumentaram em 40% desde que os navios porta-contêineres começaram a viajar por rotas alternativas por conta dos ataques dos houthis no mar Vermelho. Já a Rail Bridge Cargo, com sede na Holanda, relatou que o tráfego de carga ferroviária via Rússia estava 31% maior neste ano na comparação com o mesmo período em 2023.
A entrega de mercadorias da China para o norte da Europa por rotas marítimas alternativas aumentou de sete a dez dias para 50 a 55 dias, enquanto a entrega de mercadorias por trem via Rússia, de Chengdu, na China, para a cidade alemã de Duisburg, leva cerca de 30 dias, relatou o jornal.
Algumas empresas de logística também oferecem uma rota sul que contorna a Rússia e passa pelo Cazaquistão, Azerbaijão e Turquia. No entanto, essa rota, que envolve uma travessia de balsa pelo mar Cáspio, leva mais tempo do que uma viagem de navio porta-contêineres entre a China e a Europa e pode ser usada principalmente para mercadorias destinadas e provenientes de países da Ásia Central, como Uzbequistão, disse o relatório.
O movimento houthi, que controla grandes partes do norte e oeste do Iêmen, prometeu em novembro de 2023 atacar navios associados a Israel até que este interrompa as ações militares na Faixa de Gaza. Isso levou o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, a anunciar a criação de uma operação multinacional para garantir a navegação no mar Vermelho. Mais tarde, forças dos EUA e do Reino Unido lançaram ataques importantes contra posições dos houthis na tentativa de reduzir a capacidade dos rebeldes de alvejar embarcações comerciais na região.