"O que estamos vendo em algumas áreas é que há presença de casos durante todo o ano. Então não há essa queda de casos e depois eles voltam a aparecer, mas temos uma circulação permanente de casos, digamos, endêmicos", explicou à Sputnik Sandra Tirado, ex-vice-ministra da Saúde da Argentina.
"Antes, com determinada temperatura, não havia a presença do mosquito, e agora estamos vendo que ele também está se acostumando a temperaturas um pouco mais baixas […]. Tem a ver com quais áreas, talvez subtropicais, estão se comportando mais como áreas tropicais, e isso faz com que o vetor permaneça o tempo todo […]. é por isso que temos casos permanentemente, então não há essa queda no inverno", explicou a ex-funcionária.
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"Este mosquito, este vetor, não só transmite dengue, mas também zika, chikungunya, que embora não tenhamos agora circulação, também estão presentes essas outras doenças que são similares. Temos que pensar que estamos numa situação de mudança climática e que essas doenças estão presentes e continuarão a estar", concluiu Tirado.