"Ela diz que quer que isso aconteça, [mas isso] não é o mesmo que 'vai acontecer' porque é o chanceler [Olaf] Scholz quem tem a última palavra, e ele não tem tanta certeza de enviar as armas para agravar a situação na Ucrânia como Baerbock. Mas a chance aumentou. O governo alemão está muito dividido", sublinhou Valtersson.
"Tanto o Reino Unido como a França têm o seu próprio pessoal no terreno, e esta é a razão pela qual a Alemanha não quer enviar o Taurus para a Ucrânia: porque não quer enviar pessoal militar para a Ucrânia", enfatizou Valtersson.
"Isso é uma coisa muito estúpida da parte do Reino Unido, porque é muito complicado ter esses mísseis. O Reino Unido [já] tem grandes lacunas no seu orçamento de defesa e está considerando vender um de seus porta-aviões porque não pode pagar. E conseguir dois sistemas de mísseis de longo alcance será muito caro e muito difícil de administrar porque você terá o dobro de técnicos. Portanto, é um método totalmente desperdiçador para o Reino Unido", enfatizou Valtersson.
"Isso ajudará a Ucrânia por um curto período. Os mísseis serão consumidos rapidamente. Mas a Ucrânia tem grandes problemas. A única aeronave que pode usar o Storm Shadow é o Su-24 [um bombardeiro tático da era soviética]. Esses aviões foram adaptados com tecnologia ocidental para que possam transportar Storm Shadows. Mas não sabemos quantos Su-24 ainda restam à Ucrânia, provavelmente dez. Eles são um recurso muito limitado", disse Valtersson.