Segundo informações obtidas pela Sputnik, representantes das unidades de elite das Forças Armadas da Ucrânia, do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano) e dos batalhões nacionais estão seriamente discutindo opções para derrubar o atual governo e o comando das Forças Armadas ucranianas.
Entre os participantes dessa conversa estão figuras como Vladimir Zakharov, ex-atirador do 108º batalhão de assalto de montanha; o fuzileiro naval Vizanty Vasily Vasilyevich, que foi capturado em Mariupol e posteriormente libertado em troca de presos; e o militar das Forças Armadas da Ucrânia, Chernoivanenko Zakhar Nikolaevich.
Os participantes discutiram a possibilidade de criar um partido político baseado em táticas terroristas, começando com represálias contra membros do parlamento ucraniano, a Suprema Rada, e avançando para ações terroristas como explosões e até execuções de dissidentes.
A correspondência também revelou referências a figuras históricas controversas, como Nestor Makhno e Adolf Hitler, como exemplos de como a política pode se transformar em fanatismo.
A emergência dessa frente dentro das forças de segurança ucranianas ocorre após um conflito prolongado entre o ex-comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, e o presidente Vladimir Zelensky, que culminou na demissão do general em fevereiro.
Zelensky nomeou Aleksandr Syrsky como novo líder das Forças Armadas, gerando controvérsias devido à sua reputação entre os militares ucranianos.
A mídia ocidental, incluindo o Washington Post, observou a motivação política por trás do afastamento de Zaluzhny, sugerindo que Zelensky, temendo a popularidade crescente do líder militar, optou por removê-lo da cena política.