Panorama internacional

Maduro proíbe aeronaves argentinas de sobrevoarem espaço aéreo da Venezuela

Avião Boeing 747 de propriedade venezuelana, operado pela empresa estatal Emtrasur, na pista após pousar no aeroporto Ambrosio Taravella, em Córdoba, Argentina, em 6 de junho de 2022
As relações já tensas entre Argentina e Venezuela atingiram um novo patamar de hostilidade, desencadeando uma guerra diplomática, após o presidente Nicolás Maduro decidir proibir aeronaves argentinas de sobrevoarem o espaço aéreo venezuelano.
Sputnik
A decisão foi tomada em resposta à retenção e ao posterior envio aos Estados Unidos de um avião venezuelano pela Argentina.
Inicialmente, um Boeing 747 venezuelano, pertencente à Emtrasur, subsidiária da companhia aérea Conviasa, que estava retido na Argentina desde junho de 2022, fora confiscado pelas autoridades argentinas e posteriormente enviado aos EUA, em fevereiro deste ano.
Segundo publicou o jornal La Nación, a proibição afeta diretamente as operações da estatal Aerolíneas Argentinas em rotas importantes, como Nova York e Miami, nos EUA, e Punta Cana, na República Dominicana.
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Em resposta à medida venezuelana, a Argentina anunciou nesta terça-feira (12) que iniciou ações diplomáticas contra o governo de Maduro, conforme disse o porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni.
Detalhes sobre as ações diplomáticas argentinas não foram divulgados pelo porta-voz, mas fontes afirmam que a Argentina apresentou uma nota de protesto à Venezuela na última sexta-feira (8), argumentando que houve uma suposta violação do Convênio de Chicago (1944) e anunciando medidas na Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).
O ministro dos Transportes da Venezuela, Ramón Celestino Velásquez Araguayán, acusou a Argentina de tentar cobrar pelo estacionamento do avião retido da Emtrasur no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires.
Ele afirmou que a aeronave foi "sequestrada" e que todas as regras da aviação civil foram "violadas".
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