A decisão foi tomada em resposta à retenção e ao posterior envio aos Estados Unidos de um avião venezuelano pela Argentina.
Inicialmente, um Boeing 747 venezuelano, pertencente à Emtrasur, subsidiária da companhia aérea Conviasa, que estava retido na Argentina desde junho de 2022, fora confiscado pelas autoridades argentinas e posteriormente enviado aos EUA, em fevereiro deste ano.
Segundo publicou o jornal La Nación, a proibição afeta diretamente as operações da estatal Aerolíneas Argentinas em rotas importantes, como Nova York e Miami, nos EUA, e Punta Cana, na República Dominicana.
Em resposta à medida venezuelana, a Argentina anunciou nesta terça-feira (12) que iniciou ações diplomáticas contra o governo de Maduro, conforme disse o porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni.
Detalhes sobre as ações diplomáticas argentinas não foram divulgados pelo porta-voz, mas fontes afirmam que a Argentina apresentou uma nota de protesto à Venezuela na última sexta-feira (8), argumentando que houve uma suposta violação do Convênio de Chicago (1944) e anunciando medidas na Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).
O ministro dos Transportes da Venezuela, Ramón Celestino Velásquez Araguayán, acusou a Argentina de tentar cobrar pelo estacionamento do avião retido da Emtrasur no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires.
Ele afirmou que a aeronave foi "sequestrada" e que todas as regras da aviação civil foram "violadas".