Nesta quarta-feira (13), embaixadores dos 27 países-membros da UE concordaram com a revisão do fundo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz em uma reunião em Bruxelas, após meses de disputas entre lideranças, como França e Alemanha, no centro de grande parte do debate.
O fundo funciona como um gigantesco esquema de reembolso, concedendo aos membros da UE compensações pelo envio de munições a outros países, explica a Reuters.
Paris, um grande promotor das indústrias de defesa europeias, insistiu em uma política forte de "compra europeia" para armas elegíveis para reembolso. Já Berlim exigiu que tais doações fossem levadas em conta na determinação do tamanho das contribuições financeiras dos países para o fundo.
Diplomatas afirmaram que foi alcançado um compromisso que permite flexibilidade nas regras de "compra europeia" e tem em conta parte do valor da ajuda bilateral no cálculo das contribuições financeiras dos membros.
O texto final diz que o esquema deve dar prioridade à indústria de defesa europeia, ao mesmo tempo que "permite excepcionalmente flexibilidade nos casos em que não se possa fornecer [os suprimentos] em um prazo compatível com as necessidades ucranianas".
O fundo aprovado nesta quarta-feira (13) tem caráter de urgência, uma vez que a Ucrânia "precisa desesperadamente" de munições, conforme relatado pelo conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, ontem (12).