O recebimento da representação implica que a denúncia foi considerada válida, iniciando assim um processo interno. Bivar terá um prazo de 72 horas para apresentar sua defesa diante das acusações feitas contra ele.
A denúncia, protocolada por membros do partido, inclui um pedido de afastamento cautelar do deputado, bem como sua expulsão do União Brasil. Essa medida, no entanto, será decidida em outro momento pela própria sigla.
O processo seguirá com a apresentação das argumentações das partes envolvidas, seguida pelo voto do relator, que será submetido ao plenário da Executiva para votação. Ao término desse processo, Luciano Bivar poderá ser expulso do partido, tendo sua filiação cancelada.
A disputa interna pela presidência da sigla tem crescido cada vez mais, recentemente envolvendo Bivar, e Antonio Rueda, recentemente eleito presidente do União Brasil, mas que deveria assumir apenas em junho.
A tensão aumentou após um incêndio destruir duas casas pertencentes à família Rueda, localizadas em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco, na última segunda-feira (11).
O incidente serviu de estopim para o protocolo da representação contra Bivar, assinada por governadores e parlamentares da Câmara e do Senado.
Entre as acusações listadas no documento estão ameaças de morte contra o vice-presidente Antônio Rueda e seus familiares, bem como indícios de motivação política criminosa nos incêndios que atingiram as casas de Rueda e de sua irmã, Maria Emília de Rueda, tesoureira do partido.
Ademais, o documento também menciona a acusação de violência política contra mulheres, além da validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro, sem submeter à decisão colegiada do partido.