Panorama internacional

África do Sul alerta cidadãos que lutam por Israel em Gaza que 'serão presos ao voltarem para casa'

O Ministério das Relações Exteriores sul-africano informou que os cidadãos do seu país que atualmente estão combatendo pelas Forças Armadas israelenses ou ao lado delas no enclave serão presos quando voltarem para casa.
Sputnik
A chanceler Naledi Pandor fez o comentário no início desta semana, em um evento de solidariedade à Palestina, segundo o The Washington Post.

"Já emiti uma declaração alertando aqueles que são sul-africanos e lutam ao lado ou nas Forças de Defesa de Israel: 'Estamos prontos'. Quando você voltar para casa, vamos prendê-los", disse Pandor.

A ministra também encorajou as pessoas a protestarem em frente às embaixadas daqueles que chamou de "cinco principais apoiadores" de Israel e de sua campanha militar no enclave.
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A ministra não os nomeou, mas quase certamente se referia a Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, entre outros, escreve o jornal norte-americano.

"Não venha apenas para este jantar. Seja visível no apoio ao povo da Palestina", disse ela.

Em dezembro, o Ministério das Relações Exteriores sul-africano disse que estava preocupado com o fato de alguns de seus cidadãos ou residentes permanentes terem se juntado às Forças de Defesa de Israel (FDI) para lutar em Gaza, e alertou que poderiam enfrentar processos se não tivessem recebido permissão para fazê-lo, sob as leis de controle de armas do país.
"Aqueles com dupla cidadania, sul-africana e israelense, poderão perder a cidadania sul-africana", disse o ministério. A África do Sul tem uma população judaica significativa, de cerca de 70 mil pessoas. Os comentários de Pandor representaram um aparente endurecimento da posição do governo.
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Pretoria já entrou com uma ação no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) contra Israel, alegando que o país do Oriente Médio está cometendo genocídio contra os palestinos e pedindo à corte que ordenasse o fim das hostilidades.
Tel Aviv refutou as acusações e disse que a África do Sul conta "apenas metade da história".
Até o momento, 31,3 mil palestinos foram mortos na Faixa de Gaza. Do lado israelense, ocorreram cerca de 1.350 mortes e 250 pessoas foram sequestradas.
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