O projeto de lei, apresentado por vários legisladores que representam principalmente o partido do presidente Vladimir Zelensky, alteraria o código penal do país para permitir que os presos obtenham liberdade condicional por assinarem contratos com os militares.
"Existem cidadãos motivados e com mentalidade patriótica que estão prontos para expiar a sua culpa perante a sociedade no campo de batalha", disseram os legisladores em comentários publicados junto ao projeto de lei no site do Parlamento ucraniano nesta sexta-feira (15).
A medida também preveria punição caso um condenado cometesse novos crimes ou evitasse o serviço militar após receber liberdade condicional.
A liderança ucraniana está à procura de opções para reabastecer as tropas, pressionada pelo déficit de munições e de pessoas, à medida que a Rússia pressiona o seu novo impulso ao longo da linha de frente de 1.500 quilômetros, relata a Bloomberg.
Outro projeto de lei, apresentado por Aleksei Goncharenko, um legislador crítico das políticas de Zelensky, implementaria uma anistia abrangente para os condenados que se voluntariassem para o serviço de combate.
No ano passado, os militares do país não conseguiram persuadir Zelensky a mobilizar cerca de 500 mil militares adicionais. Em vez disso, trocou os seus comandantes do Exército em uma tentativa de otimizar as operações e a logística para evitar recorrer à população em geral em busca de novos recrutas, segundo a mídia.
Não há um prazo claro para que os projetos sejam votados pela legislatura em Kiev, escreve a mídia. Um projeto de lei abrangente para promulgar uma mobilização a nível nacional permanece atolado no debate parlamentar devido às decisões impopulares que os legisladores enfrentam, manifestadas por centenas de alterações sugeridas, prolongando o processo.