Após a mídia francesa repercutir a possibilidade de tropas francesas lutarem ao lado dos ucranianos, Macron rejeitou, em entrevista à rede televisiva nacional, as recentes alegações de que mandaria tropas para a Ucrânia.
"A França jamais tomará a iniciativa de ações militares na Ucrânia", disse o presidente da França. Ao mesmo tempo, contudo, ele afirmou que não poderia excluir opções.
Nesta sexta-feira (15), Peskov disse que as autoridades russas têm acompanhado a recente retórica do líder francês.
"Sim, é óbvio que a Rússia é adversária da França porque a França já está envolvida no conflito na Ucrânia; está participando indiretamente. [...] Mas, a julgar pela declaração do presidente [francês], ele não se importará em aumentar o grau do seu envolvimento [no conflito]", disse Peskov aos repórteres.
A França forneceu à Ucrânia US$ 4,1 bilhões (R$ 20,4 bilhões) em assistência desde o início do conflito com a Rússia, em fevereiro de 2022. Os pacotes militares enviados continham, entre outros equipamentos, armas autopropulsadas Caesar e mísseis de longo alcance SCALP.
O presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou durante uma entrevista a Dmitry Kiselev, na quarta-feira (13), que Moscou trataria as tropas dos EUA ou de outros países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como "intervencionistas" caso fossem enviadas para a Ucrânia.
Os militares ocidentais já estão presentes na Ucrânia "tanto diretamente como na forma de conselheiros, estão presentes na forma de mercenários estrangeiros e estão sofrendo perdas", disse o mandatário russo.