Ao conceder uma entrevista na capital norte-americana, Washington, Silina afirmou que gostaria que a Aliança Atlântica chegasse a um ponto em que "façamos algum treino lá", embora saiba que tal ação "exigiria consenso entre os países-membros".
"Se esta proposta for elaborada e ampliada, talvez decidamos fazer algum treinamento lá dentro […] temos de analisar a situação na perspectiva da OTAN, e não apenas da Letônia", declarou a premiê, segundo a Bloomberg.
Macron provocou furor entre alguns aliados no mês passado, quando sinalizou que estava aberto à ideia de enviar tropas para a Ucrânia. Desde então, a Alemanha e o Reino Unido disseram publicamente que não o farão, assim como outros países europeus.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta semana que Moscou considerará eventuais tropas dos Estados Unidos enviadas à Ucrânia como intervencionistas.
Silina também afirmou que o fracasso no apoio à Ucrânia teria um impacto global, inclusive nos Estados Unidos.
"Se a Rússia vencer, essas consequências afetarão todo o mundo, também Washington – também os Estados Unidos – e não apenas a Europa", declarou.
Por fim, a primeira-ministra disse que apoia a utilização dos ativos congelados da Rússia para apoiar a Ucrânia, bem como a utilização de Eurobonds para enviar mais armas a Kiev.
A Letônia, ao lado dos vizinhos bálticos, Lituânia e Estônia, tem estado entre os críticos mais veementes da operação russa na Ucrânia, analisa a mídia.
O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, disse que se tropas forem enviadas, "teremos que falar não sobre a probabilidade, mas sobre a inevitabilidade de um confronto direto entre a Rússia e a OTAN".