De acordo com o alto funcionário israelense, que falou sob condição de anonimato à ABC News, os envios de ajuda militar dos EUA no início da guerra entre Israel e Hamas "estavam chegando muito rápido", mas "agora estamos descobrindo que está muito lento".
Ele disse que estão cada vez mais escassos projéteis de artilharia de 155 mm e os projéteis de tanque de 120 mm. O alto funcionário também afirmou que era necessário algum equipamento de orientação sensível, mas se recusou a entrar em detalhes.
O responsável acrescentou que Israel "pode perder esta guerra" porque, para vencer, precisa de munições e legitimidade, e ambas "estão começando a esgotar".
O funcionário disse não ter certeza de qual era a causa do atraso, mas que Tel Aviv estava plenamente consciente da frustração de Washington com a guerra e que o governo de Benjamim Netanyahu precisava fazer mais para fornecer ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Quando questionados sobre a alegação, vários funcionários norte-americanos disseram que não houve mudança na política ou qualquer atraso deliberado na entrega da ajuda anteriormente prometida ou na venda de armas a Israel, relata a mídia.
Sob o acordo de dez anos negociado pelo então presidente Barack Obama, os EUA fornecem cerca de US$ 3,8 bilhões (R$ 18,9 bilhões) em sistemas militares e de defesa antimísseis todos os anos para Tel Aviv.
Quando questionado sobre uma possível lentidão na ajuda ou nas vendas de armas, o conselheiro de Comunicações de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os EUA continuam a fornecer a Israel o que necessita.
"Não vou entrar no cronograma de cada sistema individual que está sendo fornecido. Continuamos a apoiar Israel nas suas necessidades de autodefesa. Isso não vai mudar e temos sido muito, muito diretos sobre isso", afirmou Kirby à mídia.
Mais de 31 mil palestinos foram mortos e mais de 72 mil ficaram feridos em Gaza desde 7 de outubro. Do lado israelense, cerca de 1.350 pessoas morreram e outras 250 foram feitas reféns.