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Analista explica por que Netanyahu 'não tem medo' de desafiar Biden em meio ao conflito em Gaza
Analista explica por que Netanyahu 'não tem medo' de desafiar Biden em meio ao conflito em Gaza
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No domingo (10), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse à mídia que planeja avançar com invasão da cidade de Rafah, no sul de Gaza, apesar da... 12.03.2024, Sputnik Brasil
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O premiê israelense Benjamin Netanyahu não teme o presidente dos EUA, Joe Biden, porque ele sabe que Biden depende do voto sionista nas próximas eleições presidenciais norte-americanas em novembro, declarou em entrevista à Sputnik o analista político e correspondente de guerra Elijah Magnier. "Temos um desafio claro de Israel para o presidente Biden e, em particular, Benjamin Netanyahu", disse Magnier, referindo-se aos comentários de Netanyahu de que Israel invadirá Rafah, apesar dos protestos de Biden. Magnier observou que sem o apoio dos EUA, Israel seria incapaz de continuar seu bombardeio e invasão de Gaza por muito tempo. "Então, basicamente, os EUA estão dizendo: 'Estou feliz por ser um parceiro em toda a matança por causa da minha eleição. Eu vou apoiar isso e você pode fazer o que quiser, mas permita-me ir à televisão e reclamar sobre isso'." "Quando você faz isso", acrescentou Magnier, "é uma estratégia de propaganda conhecida para dizer 'oh, eu sinto muito. Isso é drama, isso é uma tragédia, isso é inaceitável, mas então você continua fornecendo armas. É uma clara contradição de tudo em que a humanidade acredita." Apesar do número de mortos pela guerra contra o Hamas já superar 31 mil pessoas só na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro de Israel ainda declarou que não haverá cessar-fogo durante o Ramadã, considerada a data mais importante do calendário religioso muçulmano e que começou nesta segunda-feira (11) nos países islâmicos.
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Analista explica por que Netanyahu 'não tem medo' de desafiar Biden em meio ao conflito em Gaza
05:48 12.03.2024 (atualizado: 11:31 12.03.2024) No domingo (10), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse à mídia que planeja avançar com invasão da cidade de Rafah, no sul de Gaza, apesar da oposição declarada do presidente dos EUA, Joe Biden, à operação.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu não teme o
presidente dos EUA, Joe Biden, porque ele sabe que Biden depende do voto sionista nas próximas eleições presidenciais norte-americanas em novembro, declarou em entrevista à Sputnik o analista político e correspondente de guerra Elijah Magnier.
"Temos um desafio claro de Israel para o presidente Biden e, em particular, Benjamin Netanyahu", disse Magnier, referindo-se aos comentários de Netanyahu de que Israel invadirá Rafah, apesar dos protestos de Biden.
"Este desafio vem de uma posição de força, onde Netanyahu está dizendo a Biden 'você perdeu o apoio dos árabes americanos, e se ficar contra mim, você vai perder o apoio dos sionistas [também] [...]. Vai arriscar mesmo já tendo uma forte oposição representada pelo [ex-presidente dos EUA] Donald Trump? [...] É por isso que Benjamin Netanyahu não tem medo de confrontar e desafiar Joe Biden", observou o analista.
Magnier observou que sem o apoio dos EUA, Israel seria incapaz de continuar seu
bombardeio e invasão de Gaza por muito tempo. "Então, basicamente, os EUA estão dizendo: 'Estou feliz por ser um parceiro em toda a matança por causa da minha eleição. Eu vou apoiar isso e você pode fazer o que quiser, mas permita-me ir à televisão e reclamar sobre isso'."
"Quando você faz isso", acrescentou Magnier, "é uma estratégia de propaganda conhecida para dizer 'oh, eu sinto muito. Isso é drama, isso é uma tragédia, isso é inaceitável, mas então você continua fornecendo armas. É uma clara contradição de tudo em que a humanidade acredita."
"Por que os americanos estão reclamando, mas estão usando o veto nas Nações Unidas para parar o cessar-fogo, proteger Israel e permitir que Israel continue a matar?", indagou o correspondente de guerra.
Apesar do número de mortos pela guerra contra o Hamas já superar 31 mil pessoas só na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro de Israel ainda declarou que não haverá cessar-fogo durante o Ramadã, considerada a data mais importante do calendário religioso muçulmano e que começou nesta segunda-feira (11) nos países islâmicos.