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Netanyahu confirma que Israel vai realizar operação terrestre em Rafah

© AFP 2023 / Ronen ZvulunBenjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, lidera a reunião semanal do gabinete no Ministério da Defesa em Tel Aviv, Israel, 7 de janeiro de 2024
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, lidera a reunião semanal do gabinete no Ministério da Defesa em Tel Aviv, Israel, 7 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 10.03.2024
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Um dia depois de ser criticado por Joe Biden, principal aliado em meio ao conflito na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou as intenções do governo do país em iniciar uma operação terrestre na região de Rafah, próximo à fronteira do enclave palestino com o Egito.
"Iremos para lá. Não iremos recuar", disse Netanyahu em entrevista ao Politico, destacando que a operação pode ocorrer dentro de um ou dois meses.
Apesar do número de mortos pela guerra contra o Hamas já superar 31 mil pessoas só na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro de Israel ainda declarou que não haverá cessar-fogo durante o Ramadã, considerada a data mais importante do calendário religioso muçulmano e que começa na próxima segunda-feira (11) nos países islâmicos.
Segundo Netanyahu, os ataques e bombardeios realizados pelas Forças de Defesa de Israel só serão paralisados quando todos os reféns mantidos em cárcere pelo Hamas desde o dia 7 de outubro forem libertados. Porém, o líder israelense declarou que não há "avanço" nas negociações.
Netanyahu também disse à publicação que alguns líderes árabes apoiam a continuidade da operação contra o Hamas no território palestino, que já dura mais de cinco meses.
No último sábado (9), mais de 20 mil pessoas foram às ruas de Tel Aviv para pedir a saída do primeiro-ministro do governo e a convocação de eleições antecipadas em Israel. Além das insatisfações com o conflito e estabilidade da região, a população do país viu o Produto Interno Bruto (PIB) cair quase 20% no ano passado.
O número de feridos pelos ataques na Faixa de Gaza ultrapassou 72 mil pessoas, informou o Ministério da Saúde de Gaza. O conflito entre Israel e Palestina tem sido uma fonte de tensão e de combates na região há décadas. Uma decisão da ONU em 1947 determinou a criação de dois Estados, porém apenas o israelense foi criado.
Vista do Capitólio dos EUA em Washington, EUA, 7 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 08.03.2024
Panorama internacional
Mídia: governo Biden aprovou mais de 100 remessas militares a Israel sem conhecimento do Congresso

Biden criticou atuação do primeiro-ministro em meio à guerra

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, disse no último sábado (9) que o primeiro-ministro israelense está "prejudicando Israel mais do que ajudando" com sua guerra contra o Hamas em Gaza.
As críticas foram feitas em entrevista exibida pela emissora de TV MSNBC. Biden disse que o número de mortes em Gaza "vai contra o que Israel representa. E acho que é um grande erro".
Segundo ele, Netanyahu "deve prestar mais atenção às vidas inocentes perdidas como resultado das ações. Eles não podem ter mais de 30 mil palestinos mortos como consequência de perseguir militantes do Hamas". O presidente americano ainda lembrou que a invasão israelense por terra à região de Rafah representa um "alerta vermelho", alerta que foi ignorado pelo primeiro-ministro.
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