"Há uma constante interação e desenvolvimento das relações do Iêmen com a Rússia, a China e [outros] membros do BRICS, bem como uma troca de conhecimentos e experiências em diversas áreas", destacou al-Qhoom.
O objetivo é "afundar os EUA, o Reino Unido e o Ocidente na lama [da crise] em torno do mar Vermelho, para que possam ficar atolados, enfraquecer e se tornar incapazes de manter a unipolaridade", acrescentou o responsável.
"Há uma mudança no clima internacional e no equilíbrio de poderes entre o Oriente e o Ocidente, especialmente à luz da 'usurpação' ocidental contra a Rússia, que afundou o Ocidente na crise da Ucrânia e enfraqueceu as suas alianças com a China, bem como com outros países do Oriente e dos Estados-membros do BRICS", segundo al-Qhoom.
Em novembro de 2023, os houthis iniciaram no mar Vermelho uma campanha marítima de meses de sequestro de navios, ataques de drones e lançamentos de mísseis em solidariedade com os residentes da Faixa de Gaza, em meio aos ataques terrestres de Israel ao território palestino sitiado.
Os EUA responderam anunciando a formação de uma coligação naval contra os combatentes houthis em dezembro, e começaram, junto com o Reino Unido, a bombardear o Iêmen em janeiro. Os houthis retaliaram proibindo todos os navios comerciais e de guerra do Reino Unido e dos EUA de operar no mar Vermelho, no golfo de Áden e no estreito de Bab el-Mandeb, disparando repetidamente contra navios de guerra ocidentais estacionados em águas adjacentes ao Iêmen.