Panorama internacional

Sem mencionar os EUA, secretário-geral da ONU recorda bombardeio atômico de Hiroshima e Nagasaki

António Guterres apelou aos EUA e à Rússia para que cheguem a um acordo sobre a não proliferação nuclear, lembrando o único uso de tais armas em guerra em 1945.
Sputnik
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) falou em uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) sobre o desarmamento nuclear e não a proliferação, e chamou o bombardeio de Hiroshima e Nagasaki de massacre nuclear, mas ser mencionar o fato de ter sido realizado pelos EUA.

"Agradeço ao governo do Japão por convocar o conselho sobre a questão vital do desarmamento nuclear e da não proliferação. O Japão conhece melhor do que qualquer outro país na Terra o custo brutal da carnificina nuclear. Mas quase oito décadas após o incêndio de Hiroshima e Nagasaki, as armas nucleares continuam a ser um perigo claro e presente para a paz e a segurança globais", disse António Guterres.

Ele também pediu à Rússia e aos Estados Unidos que retomassem as negociações sobre a implementação do START III e chegassem a um acordo de substituição.
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"Precisamos reduzir o número de armas nucleares. Esse processo de redução deve ser liderado pelos detentores dos maiores arsenais nucleares, os Estados Unidos e a Federação da Rússia, que devem encontrar uma maneira de voltar à mesa de negociações para implementar totalmente o START III e chegar a um acordo sobre um acordo sucessor", apontou.
Em 6 e 9 de agosto de 1945, a Força Aérea dos EUA lançou bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, respetivamente, causando um total de 129 mil a 226 mil mortes, no que foram os primeiros e únicos usos das armas em guerra.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou em seu discurso à Assembleia Federal em 21 de fevereiro de 2023 que a Rússia suspendeu sua participação no Tratado de Redução de Armas Estratégicas, ou START III.
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