Cabe ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir se denuncia Bolsonaro e os demais investigados à Suprema Corte. Ele foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tomou posse em dezembro do ano passado.
O sigilo sobre o relatório da PF foi retirado hoje (19) por Moraes, que aponta pelo menos nove pessoas beneficiadas por esquema de fraude, montado pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, incluindo a esposa, as três filhas, Bolsonaro e a filha e o deputado Gutemberg Reis de Oliveira (MDB-RJ).
Em delação premiada, Cid afirmou ter inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde com o objetivo de facilitar a entrada e a saída de Bolsonaro dos Estados Unidos, burlando exigências sanitárias contra a COVID-19 impostas pelos EUA e também pelo Brasil. Ambos os países exigiam a vacinação contra a doença para interessados em cruzar a fronteira.
Mais cedo, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, chamou o indiciamento de midiático e parcial.
Em maio do ano passado, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa da família de Bolsonaro e seis de prisão contra ex-funcionários, como Cid.