O diretor interino do terceiro departamento asiático da pasta, Sergei Zhestky, declarou à Sputnik que a transferência desses mísseis poderia ser interpretada como "um apoio indireto ao regime de Kiev".
A decisão das autoridades japonesas, confirmada pela Casa Branca no final de dezembro, de transferir os mísseis do sistema Patriot para americanos foi justificada como medida para melhorar a segurança do Japão e fortalecer a paz e a estabilidade na região do Indo-Pacífico.
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores russo expressou preocupação de que tais armamentos possam ser eventualmente utilizados para fortalecer as Forças Armadas da Ucrânia, alimentando ainda mais o conflito na região.
Zhestky destacou que, quando o governo japonês, sob Fumio Kishida, flexibilizou as regras para exportação de produtos militares em dezembro de 2023, permitiu a transferência dos mísseis Patriot para Washington — o que foi alertado por Moscou.
Eles enfatizaram que não havia dúvidas de que tais armamentos poderiam beneficiar o regime de Vladimir Zelensky, e não seriam usados para a segurança do Japão.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convidou o chefe do Departamento para Assuntos Russos do homólogo japonês para uma reunião sobre a situação em torno da Ucrânia.
O convite veio durante as consultas em Moscou entre o chefe do departamento japonês e sua embaixada, evidenciando a preocupação mútua sobre os desdobramentos na região.