Panorama internacional

Mídia: Trump 'flerta' com setor automobilístico chinês antes das eleições presidenciais dos EUA

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, teria "aberto as portas" para a China instalar fábricas de carros elétricos em território norte-americano. De acordo com um veículo de comunicação asiático, possíveis negociações podem contribuir para um "degelo" na relação entre os países.
Sputnik
Em seu discurso no último sábado (16) em Dayton, Ohio, o candidato presidencial republicano prometeu impor uma tarifa de 100% sobre as importações de automóveis chineses, seja diretamente do continente asiático ou de intermediários, como o México. Mas também fez um convite.
"Se estiver ouvindo, o presidente [chinês] Xi [Jinping] – e você e eu somos amigos – mas ele entende minha maneira de negociar – essas grandes fábricas de carros monstruosos que vocês estão construindo no México agora [...] vocês não vão contratar americanos e não vão vender os carros para nós", disse Trump.

"E eu vou te avisar: se você quiser construir uma fábrica no Michigan, em Ohio, na Carolina do Sul, podem fazê-lo usando trabalhadores norte-americanos. Vocês não podem enviar trabalhadores chineses, como às vezes fazem. Mas se quiserem fazê-lo, são bem-vindos, certo? Mas não vão construí-las no México e nem vão fazer isso", acrescentou o ex-presidente.

Entretanto, segundo o jornal Asia Times, os meios de comunicação ocidentais não destacaram este "convite" de Trump às empresas chinesa, repetindo a narrativa contra os investidores e o governo do país asiático.
Conforme uma análise trazida pelo jornal, a automação industrial acelera na China ao passo que "fica para trás" nos Estados Unidos. Zhang Weiwei, professor da Universidade Fudan, disse ao jornal chinês que o país asiático já tem 10 mil aplicações 5G para a Internet industrial, enquanto o país norte-americano tem menos de 10, segundo uma contagem informal feita por um especialista.
Notícias do Brasil
'Nikola Tesla sonhou, a gente realizou', diz Elon Musk brasileiro sobre carro elétrico (VÍDEO)
Além disso, de acordo com o Asia Times, a China instala, atualmente, mais robôs industriais e forma mais engenheiros do que o resto do mundo combinado e, em 2023, tornou-se o maior exportador mundial de automóveis e está criando novos mercados para automóveis no Sul Global.
"Os Estados Unidos talvez nunca consigam igualar a combinação de pessoal qualificado, infraestrutura e economias de escala gigantescas da China. É mais fácil permitir que as empresas chinesas tragam a automação industrial para os Estados Unidos do que tentar recuperar o atraso. Este é o caminho de menor resistência e Trump o abriu", pontuou o veículo de comunicação asiático.
"Se as montadoras chinesas construírem fábricas de veículos elétricos nos Estados Unidos, será mais difícil para Washington bloquear a indústria chinesa de chips. Os veículos elétricos requerem até 4 mil chips cada vez mais sofisticados. Na verdade, um veículo elétrico é um computador sobre rodas", acrescentou o jornal, dizendo que, caso esse passo seja dado, pode significar um "degelo" na relação entre os dois países.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a cnteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar