O caráter dos sérvios fez com que eles se rebelassem contra os ocupantes fascistas para libertar o país junto com o Exército Vermelho na Segunda Guerra Mundial, apoiou-os heroicamente durante o bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 1999 e agora os ajuda a resistir à pressão externa para impor sanções à Rússia, disse nesta quinta-feira (21) um ex-ministro sérvio da Inovação.
O antigo representante participou de um evento organizado pela Fundação do Regimento Imortal da Sérvia que contou com a presença do embaixador russo no país, Aleksandr Botsan-Kharchenko, ex-oficiais iugoslavos, especialistas e figuras públicas, informa um correspondente da Sputnik.
"A Sérvia está lutando por seu Kosovo e sua Metóquia e se recusa a impor sanções à Rússia, independentemente das ameaças e pressões diárias", disse Nenad Popovic, presidente honorário da Fundação do Regimento Imortal da Sérvia, durante a conferência Agressão da OTAN — 25 Anos Depois, na Casa Russa do Centro Russo de Ciência e Cultura, em Belgrado, Sérvia.
"Encontramos esse espírito desafiador, que une os sérvios em todos os momentos de sofrimento, na revolta contra os ocupantes fascistas, a primeira revolta desse tipo na Europa ocupada [durante a Segunda Guerra Mundial]. Com a ajuda de um povo russo igualmente heroico e rebelde, libertamos Belgrado e a Sérvia, e todos esses exemplos de heroísmo inspiraram o espírito heroico da nação durante os atentados de 1999", referiu ele.
Em 1999, um confronto armado entre separatistas albaneses do Exército de Libertação do Kosovo e as forças de segurança sérvias levou ao bombardeio da Iugoslávia, então composta pela Sérvia e por Montenegro, pelas forças da OTAN.
A operação militar foi realizada sem a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com base na alegação dos países ocidentais de que as autoridades da Iugoslávia haviam realizado uma limpeza étnica na autonomia do Kosovo e provocaram uma catástrofe humanitária no local. Os bombardeios da OTAN aconteceram de 24 de março a 10 de junho de 1999.
Eles resultaram em mais de 2,5 mil mortes, incluindo 87 crianças, e US$ 100 bilhões (R$ 497,26 bilhões, na conversão atual) em danos, enquanto especialistas médicos registram efeitos do urânio empobrecido, levando a um aumento do câncer na população.