Segundo Singh, o motivo de tais decisões é a falta de aprovação pelo Congresso dos Estados Unidos de um novo pedido de assistência a Kiev.
"Sabemos que a Ucrânia deve tomar decisões estratégicas agora mesmo para se retirar em certas áreas para fortalecer as suas linhas de defesa", afirmou Singh em um briefing nesta quinta-feira (21).
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse ontem (20), durante visita a Kiev, que não se compromete a prever quando será acordada uma nova assistência à Ucrânia.
No início deste mês, a Casa Branca anunciou que Washington tinha encontrado uma oportunidade para enviar US$ 300 milhões (R$ 1,4 bilhão) em munições em fundos do Pentágono, mas destacou que essa assistência às Forças Armadas ucranianas seria suficiente para "algumas semanas".
Nesta semana, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, disse que as forças russas continuam a avançar na Ucrânia. A Casa Branca, por seu lado, admitiu que o Exército ucraniano está "realmente perdendo terreno no campo de batalha" devido à inação dos EUA.
O Congresso dos EUA ainda não chegou a um acordo sobre o novo pedido de assistência à Ucrânia, enquanto a administração informou que tinha esgotado as possibilidades de transferência de fundos militares em dezembro do ano passado.
A Rússia acredita que o fornecimento de armas a Kiev interfere em um cessar-fogo e envolve diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito.
Moscou já enviou uma nota aos países da OTAN na qual o Ministério das Relações Exteriores russo advertia que qualquer carregamento, incluindo armas destinadas a Kiev, se tornará alvo legítimo para as Forças Armadas russas.