O ministro Alexandre de Moraes, do STF, emitiu uma ordem de prisão preventiva para o militar, que é ex-ajudante de Bolsonaro. O Supremo relatou que a prisão ocorreu devido ao descumprimento de medidas judiciais e à obstrução de Justiça, embora não tenha especificado quais medidas cautelares foram desobedecidas.
Cid foi detido após a divulgação de áudios nos quais ele alega ter sido pressionado pela Polícia Federal durante interrogatórios, além de fazer críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. As gravações foram reveladas pela revista Veja na quinta-feira (21).
Áudios vazados
Nos últimos dias, surgiram questionamentos sobre a veracidade de suas declarações. Em alguns dos áudios obtidos pela Veja, destacam-se ataques direcionados ao ministro do STF Alexandre de Moraes e à Polícia Federal.
Desde que iniciou sua cooperação com as autoridades, Cid já prestou seis depoimentos à PF, nos quais revelou detalhes dos planos golpistas discutidos por Bolsonaro e seu círculo mais próximo.
No entanto, surgiram gravações de conversas privadas de Cid, nas quais ele questiona a condução dos depoimentos e alega que suas palavras foram distorcidas e manipuladas pelos investigadores, conforme publicou a Veja.
Nas gravações obtidas, ele expressa sua frustração com o processo, afirmando que foi pressionado a corroborar uma narrativa predefinida pelos policiais, mesmo quando suas declarações não condiziam com a realidade dos fatos.
Ele menciona que foi induzido a confirmar informações que não presenciou e que algumas declarações foram tiradas de contexto.